Dos Gracejos Profanos de Momo à Sacralidade de Thassiana

Dos Gracejos Profanos de Momo à Sacralidade de Thassiana


Fitas coloridas de papéis cruzando os céus, serpenteando por suas vielas... pepitas pequeninas, também de papéis, chovendo em cima da alegria das pessoas em frenéticos transes de felicidade... serpentinas e confetes (prefiro chamar de laços que unem as diversidades e até as adversidades) e gotículas de orvalho que santificam o êxtase (porque atuam numa porção de tempo tão pequena; tão célere ante os perrengues da vida, que deveriam ser santificados) ...

A alegria se traveste de cores que eu nunca vi, porque são a consubstanciação da mescla que o profano molda e que por serem tão lindas e de tantas nuances são capazes de espargirem tanta felicidade junto ao caos, que se transmutam em sagrado...

E tudo isso se dá e, então, eu me extasiar mesmo - mesmo! - é quando me enredo em frente a um Ser tão iluminado quanto a Thassiana; fixo-me inerte à sua sacralidade, esquadrinhando a sua beleza que se adorna de outras belezas... ali não tem comparação com serpentinas; confetes; paetês; strass... tudo se ofusca ante o brilho irisado de seus lindos olhos; de sua face menina da mulher faceira que é...

Uma fada que encarna e transmuta todo o brilho do profano carnaval de Momo; toda a beleza da arte humana e todo o bálsamo do corpo em sagração.

Então é, pois, que dos gracejos profanos de Momo à sacralidade de Thassiana, consubstancia-se a dualidade entre o meramente mundano e efêmero ao que é inefável, transcendente e eterno, revirando a face de Momo para a outra face - a da verdadeira paz, luz e amor interiores.

Que maravilha!



FERNANBAS - Fernando Batista Santos

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Inspiração

Através da beleza exuberante de minha filha Thassiana e o seu brincar no carnaval.

Sobre a obra

Poesia livre que procura descrever quando o profano se transmuta em sacralidade através da beleza da performance utilizada por minha filha Thassiana.

Sobre o autor

Sou um poeta livre; solto das amarras matemáticas da poesia. Escrevo o que ecoa dos escaninhos de minha alma.

Autor(a): FERNANDO BATISTA DOS SANTOS (FERNANBAS)

APCEF/MG