Negligência (Sem Permissão)

Nem sempre sei quando as coisas acontecem
Só quando leio em revistas e jornais
Mortes, acidentes, violência urbana
E tantas guerras por motivos tão banais.

Milhões de vidas entrelaçadas
isoladas em seus exílios digitais
De onde opinam sobre quase tudo um pouco
E o que realmente importa, tanto faz

Um corpo nu no espelho informa:
“Somos despidos de emoção!”
Uma criança nos Jardins aguarda uma definição
Enquanto a nossa consciência implora
Alguma reação
Corpos vagueiam sem destino
Por caminhos que a sociedade
abriu sem permissão

E se hoje sei quando as coisas acontecem,
Não é o destino, são culpas reais
Ignorância, Fome, Intolerância...
Vícios e seus efeitos colaterais

Restam mentes amarguradas
Em solitárias celas de prisões
Prisioneiros que nada entendem
Das sociais convenções.

Um corpo nu no espelho informa:
“Somos despidos de emoção!”.
Uma criança nos Jardins aguarda uma definição
Enquanto a nossa consciência implora
Alguma reação
Corpos vagueiam sem destino
Por caminhos que a sociedade
abriu sem permissão.